Não é fácil sintetizar quem foi Paulo de Cantos (1892-1979). Professor, editor, gráfico, filantropo, filólogo. Foi tudo isto, mas talvez a melhor forma de o descrever seja a expressão “o livr-o-mem” (o livro-homem), expressão usada no título da edição que (...) é lançada em Lisboa.
O interesse em torno de
Paulo de Cantos surge precisamente por causa dos livros, manuais
didácticos, opúsculos, que editou freneticamente desde os anos 20 do
século passado até morrer. São livros sobre os mais diversos temas -
linguística, geografia, anatomia, literatura, matemática, folclore – e
cuja particularidade é a forma como aproveitou a composição tipográfica
para criar esquemas, desenhos estilizados, mapas antropomórficos.
Paulo de Cantos nasceu em Lisboa, estudou em Coimbra, onde foi contemporâneo de Salazar. Foi professor no Liceu Pedro Nunes, reitor do Liceu Eça de Queiroz, na Póvoa de Varzim, fez cursos de química, belas-artes e até vitivinicultura. Regressou a Lisboa onde fundou o Centro de Profilaxia da Velhice na sua casa, e criou a Bibliarte, um alfarrabista por onde passaram Fernando Pessoa, Cesariny, entre outros.
Fonte:
Público - Cultura (texto)
Vídeos:
Paulo de Cantos: um editor à frente do seu tempo
Book Launch — O LIVR-O-MEM -- Paulo d' Cantos n' Palma d' Mão
2 comentários:
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